Todas as pessoas reconciliadas, que desfrutam da paz com Deus, também
têm direito à paz interior, uma paz que excede o entendimento e que guarda os
nossos corações (Fp 4.7). Então, uma das coisas tremendas e maravilhosas que acontecem quando uma
pessoa se entrega a Deus é a bênção de passar a viver em paz. Paz com Deus e
paz consigo mesmo.
Todos os que têm paz com Deus formam uma grande
família.
Este era o tema
abordado por Paulo em Efésios 2. Agora, não importa de que etnia você é, se é judeu de nascimento ou se
é de outra nacionalidade. Os homens sem Deus constroem muros de separação
social, moral e política.
Quando Filipe contou a Natanael que encontrará o Messias e que este era
de Nazaré, Filipe demonstrou todo o seu preconceito dizendo: “pode vier alguma
coisa boa de lá?” (Jo 1.46). Natanael não nutria simpatia pelos habitantes de Nazaré. Outro exemplo
de “muro” é relatado em João 4, na história da mulher samaritana que foi surpreendida com a iniciativa
de Jesus, sendo judeu, conversar com ela e pedir-lhe água (Jo 4.9).
Note que em Efésios 2.14, o apóstolo Paulo afirma que não há mais muros ou barreiras que nos
separem dos nossos irmãos em Cristo. Os filhos da paz formam a família de Deus (Ef. 2.19). Como irmãos em
Cristo (porque todos chamamos a Deus por Pai), temos o mandamento de viver em
paz uns com os outros (I Ts 5.13).
Para viver em paz com o próximo é preciso amar
intensamente e, por vezes, perdoar. Sobre isto o apóstolo Pedro
advertiu: Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros, porque o amor perdoa
muitíssimos pecados. (I Pe 4.8). Mais ainda, a Bíblia afirma que você
deve reconhecer uma dívida de amor que tem para com seus irmãos! (Rm 13.8).
E com relação aos que ainda não são nossos irmãos em Cristo? Em Romanos 12.18, a
Bíblia manda: Façam todo o possível para viver em paz com todos.
Para que haja paz
entre duas pessoas é preciso que ambas queiram. Por isso a Bíblia diz que
naquilo que depender de nós, devemos fazer todo o possível. Jesus ensinou que
se alguém se colocar como nosso inimigo e nos tratar agressivamente, devemos
tratá-lo com amor! (Mt 5.44).
Um exemplo da prática deste princípio é a Parábola do Bom Samaritano (Lc 10:30-35), uma das mais
conhecidas dentre as vinte e tantas parábolas que temos nos
Evangelhos. Judeus e samaritanos eram inimigos, mas aquele
samaritano salvou a vida do judeu. Esta história nos inspira a agirmos de forma
semelhante para com o nosso próximo.
Uma das razões para que Deus nos desse o mandamento
de amar e perdoar: saúde. Sim, a medicina comprova que mágoa,
ressentimento, ódio e ansiedade são sentimentos por demais nocivos para a saúde
de uma pessoa. Ouso dizer que as palavras de III João 1.2 descrevem exatamente o
que Deus deseja para você: Amado, oro para que você tenha boa saúde
e tudo lhe corra bem, assim como vai bem a sua alma.
Portanto, aproveite este momento para abrir seu coração diante do Senhor
e limpar sua alma de todo ressentimento (raiva, ódio, rancor, mágoa) que
porventura tenha sido nutrido. Hoje é dia de você estabelecer paz nos seus
relacionamentos.
CONCLUSÃO: Que o Espírito Santo oriente você,
líder de célula, no momento final deste estudo. Além de dar oportunidade às
pessoas novas de se renderem a Jesus, dê a elas a chance de perdoar todas as
pessoas por quem vêm guardando mágoas. Hoje é dia de as pessoas serem
aliviadas de todos os fardos pesados. Trocarão os fardos pesados pela paz.
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